quarta-feira, 19 de maio de 2010

Oi, Pessoal

Até os 30 anos fui um aficionado por 4 rodas. Corri de Kart, Fórmula V, Super V e SuperKart, com relativo sucesso. Sempre faltou um pouco de dinheiro, e talvez um pouco de talento. Mesmo com amigos apaixonados por motos, só realmente me interessei por elas mais tarde, quando desisti de correr de automóvel.

Percebi então que uma boa motocicleta se aproxima muito de um veículo de competição, em termos de aceleração, frenagem e agilidade, e que, com cuidado, pode ser usada todo dia nas ruas e estradas. Mas, mesmo com experiência em pilotagem de competição, algumas coisas no comportamento das motos me incomodavam. Sentia que não conseguia dominá-las. Pareciam ter vontade própria, não obedecendo inteiramente meus comandos.

Decidi me aprofundar no assunto. Li centenas de publicações especializadas, sobretudo as ótimas revistas americanas e inglesas. Tive inúmeras motos, algumas sensacionais. Lembro especialmente da Honda CBR 450, Suzuki Bandit N600 e BMW S1100S. E descobri que as motos escondem segredos que poucos parecem conhecer, mas cujo estudo e entendimento são fundamentais para uma boa pilotagem.

Nos Estados Unidos fiz o curso avançado de pilotagem esportiva da California Superbike School, com 4 dias de duração na pista de MidOhio, pilotando as fantásticas Kawasaki 750R preparadas para competição. Keith Code, fundador e principal instrutor da escola, confirmou minhas suspeitas. A maioria dos motociclistas não entende o comportamento dinâmico das suas motos, e muitos pagam caro por isso.

Hoje, com mais de 60 anos, realizei um sonho. O Manual do Motociclista tem o objetivo de contribuir para melhorar o conhecimento e o desempenho dos milhões de motociclistas ativos no Brasil, e de encorajar ainda mais pessoas a experimentar a divertida e emocionante aventura de pilotar uma motocicleta.